Gerir um negócio para que ele seja altamente lucrativo não é fácil. Lidar com os números que envolvem o seu negócio é dever de todo empresário. Certas métricas vão nortear o seu desempenho e fornecer informações importantes para a operacionalização de sua empresa.
Por isso elaboramos nesta matéria 3 estratégias de gestão que lhe ajudarão a monitorar seu negócio para obter lucro, são elas:
- Gestão dos Controles Financeiros
- Análise dos Resultados pela DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
- Implementando o Fluxo de Caixa
Gestão dos Controles Financeiros.
Pode parecer óbvio, mas nem toda empresa investe a atenção necessária na gestão financeira. Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE.
A gestão financeira abrange as ações e controles administrativos relacionados com o planejamento, execução, análise e controle das atividades financeiras do pequeno negócio.
Em síntese, o principal objetivo dessa gestão é obter o máximo de lucro (ou resultado) com as atividades oferecidas pela empresa.
Um pequeno negócio não é uma versão reduzida de uma grande empresa e por isso, é muito importante que o empresário tenha alguma noção de aspectos gerais referentes à administração, tais como, precificação, recursos humanos, marketing e relação de custos operacionais.
Gerir as finanças corretamente traz tranquilidade para pensar em novos investimentos, seja em inovação, produtos ou melhorias na estrutura empresarial.
Os controles financeiros são úteis para as decisões empresariais. Fazer esse acompanhamento é fundamental para o dia a dia da empresa. Pode-se dizer que as informações geradas com esses controles representam o primeiro estágio para a gestão do capital de giro.
Nas empresas quando se consegue administrar o capital de giro (reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo) de maneira eficiente resolve-se basicamente a maioria dos problemas de natureza financeira.
Exemplificando, saiba mais sobre os controles financeiros básicos:
a. Controle diário de caixa
Registra todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa. Reflete no fluxo de caixa.
A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recursos. O caixa é conferido diariamente e as diferenças porventura existentes têm de ser apuradas no mesmo dia.
b. Controle bancário
É o registro diário de toda a movimentação bancária e do controle de saldos existentes, ou seja, os depósitos e créditos na conta da empresa, bem como todos os pagamentos feitos por meios bancários e demais valores debitados em conta (tarifas bancárias, juros sobre saldo devedor, contas de energia, água e telefone, entre as principais). Reflete no fluxo de caixa.
c. Controle diário de vendas
Sua principal finalidade é acompanhar as vendas diárias e o total das vendas acumuladas durante o mês, possibilitando ao empresário tomar providências diárias para que as metas sejam alcançadas. Reflete no fluxo de caixa.
d. Controle de contas a receber
Tem como finalidade controlar os valores a receber, provenientes das vendas a prazo. Reflete no fluxo de caixa.
e. Controle de contas a pagar
Chegou a hora de honrar os compromissos financeiros. Organize os totais a pagar, obedecendo a seus períodos de vencimento: dia, semana, quinzena, 30, 45, 60 dias etc. Mantendo as contas em dia você evita o estresse e ainda adquire uma série de vantagens. Reflete no fluxo de caixa.
f. Controle mensal de despesas
Serve para registrar o valor de cada despesa, acompanhando sua evolução. Algumas delas necessitam de um controle mais rigoroso ou até de providências urgentes, como cortar gastos que podem e devem ser eliminados. Pode verificar isto muito bem pela DRE.
g. Controle de estoques
Controlando os estoques, você evita desvios, fornece informações para reposição dos produtos vendidos e ainda facilita as providências para redução dos produtos parados no estoque.
Análise dos Resultados pela DRE – Demonstração do Resultado do Exercício.
Para se ter uma visão completa dos resultados do período, ou de vários períodos comparativos, temos a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), uma das demonstrações contábeis fornecidas pelo seu contador, elaborada conjuntamente com o balanço patrimonial. É ela que dirá se, dentro de determinado período, ou períodos, seu negócio é lucrativo ou está incorrendo em prejuízos.
Com a DRE consegue-se facilmente verificar a variação horizontal e vertical das despesas e acompanhar melhor os gastos do período fazendo uma excelente gestão de resultados, uma vez que, a DRE é formada da composição das Receitas, Custos, Gastos Comerciais, Administrativos e financeiros, advindos dos lançamentos contábeis dos períodos. Por exemplo, você pode verificar a variação mensal das despesas fixas e variáveis, como por exemplo, da conta de luz, telefone, despesas com material de escritório, custo dos serviços prestados e outras despesas para confrontar os gastos e traçar uma meta de redução.
Benefícios da análise de resultados pela DRE
É através da Demonstração de Resultados do Exercício que o empreendedor conhece a situação financeira de sua iniciativa. Também serve para fins administrativos, por ser uma poderosa ferramenta de análise de resultados e tomada de decisão, e para fins fiscais, por conter todos os impostos calculados. A DRE bate as receitas, custos e despesas recebidas durante o ano para calcular o lucro ou o prejuízo do negócio.
A elaboração da DRE é obrigatória segundo a Lei 6.404/76, a legislação que rege a contabilidade no país. É um relatório essencial em diversos momentos do cotidiano do seu empreendimento, extremamente importante na comunicação entre sua empresa e os usuários de suas informações, e proporciona benefícios para a empresa.
Veja alguns elencados abaixo:
- Orienta a tomada de decisão com base no atual cenário financeiro do negócio;
- Possibilita a correção de possíveis falhas, redirecionando a administração e as estratégias para que melhores resultados sejam alcançados;
- Facilita o trabalho de investidores, bancos e governo que têm acesso a todos os detalhes sobre a situação financeira do negócio durante os últimos 12 meses;
- Conquista a atenção e o investimento de potenciais investidores(aqueles que possam vir a investir futuramente no negócio), através da apresentação dos resultados obtidos;
- Ajuda a avaliar a eficácia de sua gestão, além de lucros e prejuízos.
Implementando o Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é uma ferramenta que ajuda o empreendedor a gerir e controlar com precisão as contas a pagar e contas a receber. Para exemplificar, as contas a pagar são as dívidas que a empresa tem, como salário dos funcionários, aluguel e internet. Enquanto as contas a receber são as vendas feitas a prazo, parceladas no cartão de crédito ou cheques, por exemplo.
Segundo informações do Sebrae, a análise do fluxo de caixa permite elaborar estratégias para o crescimento da empresa ou, se for o caso, reverter as situações negativas, como dívidas e problemas de estoque.
Entre as três principais razões de falência ou insucessos de empresa, uma delas é a falta de planejamento financeiro ou a ausência total de fluxo de caixa e a previsão de fluxo de caixa (projetar as receitas e as despesas da empresa). Sem um fluxo de caixa projetado a empresa não sabe antecipadamente quanto precisará de um financiamento (e normalmente sai desesperada, quando seu caixa estoura, fazendo as piores operações que existem: cheque especial, desconto de duplicatas…) ou quando terá, ainda que temporariamente, sobra de recursos para aplicar no mercado financeiro (ganhando juros, reduzindo o custo do capital de terceiros emprestado).
Quem pode implantar a Gestão do Fluxo de Caixa?
Qualquer empresa, nos seus mais diversos portes e segmentos, deve adotar o fluxo de caixa diariamente. O empreendedor apenas poderá saber se seu negócio está financeiramente saudável se mantiver um controle eficaz do fluxo de dinheiro que entra e que sai – e, evidentemente, manterá as contas em dia, ficando livre de credores e juros altíssimos.
Sem um bom Fluxo de Caixa fica muito difícil o empreendedor saber o quanto tem de saldo disponível e o quanto de capital de giro necessita para manter as operações do dia a dia funcionando: para aplicação ou mesmo para eventuais gastos.
Ao elaborar o Fluxo de Caixa, deverão ser registrados todos os recebimentos (vendas à vista ou à prazo, entre outros recebimentos) e todos os pagamentos (compras à vista, pagamentos de despesas, dentre outros pagamentos), tanto aqueles previstos para o dia, para a semana e até para o mês, caso essas compras e pagamentos tenham sido parcelados.
Benefícios do Fluxo de Caixa
Elaborar um Fluxo de Caixa possibilita ao gestor conhecer a real situação do seu negócio num futuro próximo, podendo tomar medidas preventivas caso as informações representem problemas financeiros, evitando comprometer o bom andamento das atividades
Como já dito, com o Fluxo de Caixa o gestor consegue acompanhar as flutuações das movimentações financeiras ao longo do tempo e tomar a melhor decisão com o dinheiro da empresa. Diante disso, veja os benefícios em ter um fluxo de caixa e entenda que o empreendedor poderá saber se:
- Vai sobrar ou faltar dinheiro futuramente;
- Consegue-se dar um maior prazo de pagamento aos clientes sem comprometer as atividades operacionais da empresa;
- É preciso negociar um maior prazo com os fornecedores em um determinado período que não terá entrada de recursos em caixa;
- É necessário financiar as atividades através de empréstimos e/ou financiamentos.
Bom agora que você já conhece os controles básicos e as estratégias para alavancar seu negócio, está na hora de colocá-los em prática.
Que tal uma ajudinha? Precisando de apoio conte com o Grupo Ácron, entre em contato conosco.
Frederico Silva – Consultor Empresarial e Professor de Contabilidade