CUSTO FIXO E CUSTO VARIÁVEL: CONHEÇA AS DIFERENÇAS

Independentemente do tamanho de sua empresa, entender os conceitos de custos fixos e custos variáveis é uma das formas mais básicas de começar seu planejamento financeiro e, até mesmo, de considerar novos investimentos.

Antes de saber mais informações sobre a importância desses conceitos, que tal entender melhor como eles funcionam? Confira.

Um Raio-X da sua empresa

O primeiro passo para diferenciar os custos fixos dos custos variáveis no orçamento de uma empresa é levantar todos os gastos em um determinado período. Quanto maior o período, menor a variação de custos, já que algumas despesas ocorrem em frequência semestral e até mesmo anual (imposto de renda, por exemplo, a depender do regime tributário. Independentemente do período utilizado, o ideal é que todos os gastos sejam levantados.

Nesse cenário, custos fixos são aqueles pelos quais a empresa é responsável, mesmo que varie o ritmo e o volume de produção. Exemplos básicos de custos fixos são despesas como aluguel, limpeza, manutenção de máquinas e de equipamentos, vigilância e contratação de serviços de segurança, telefonia (planos de custo fixo), entre outros.

Por outro lado, são custos variáveis aqueles que dependem (e são diretamente relacionados) ao ritmo e ao volume de produção ou de prestação de serviços da empresa. Por exemplo, é muito comum que sorveterias produzam e vendam mais durante os meses mais quentes do ano. Nesses meses, haverá mais custos relacionados à compra de matéria-prima, à contratação de mão de obra temporária, à contratação de serviços acessórios (transporte, entrega), bem como à utilização de energia elétrica nos estabelecimentos, seja para o funcionamento das máquinas da produção, seja para o funcionamento das lojas de atendimento ao consumidor, isso entra nos custos variáveis

Controle Financeiro e Planejamento Orçamentário

Agora que você já sabe diferenciar custo fixo de custo variável, fica a pergunta: por que fazer essa distinção? Um dos principais motivos é preparar seu negócio para períodos mais movimentados e de aumento de produção. Sejam eles anuais, semestrais, ou até mesmos mensais, o aumento de custos variáveis em determinados períodos significa maior necessidade de fluxo de caixa em sua empresa, reserva de dinheiro para a manutenção de atividades e a impossibilidade de realizar investimentos muito significativos. Ao contrário, os períodos que apresentam custos variáveis menores são ideais para a realização de investimentos, de pequenas reformas e até mesmo da reposição de estoque como preparo para momentos futuros.

Precificação de Produtos e Serviços

Outra função do cálculo de custos fixos e custos variáveis é a precificação dos produtos e serviços que sua empresa oferece ao mercado. Normalmente, quanto maior a produção, maiores os custos variáveis da empresa. No entanto, a produtividade diminui o impacto dos custos fixos sobre cada produto produzido (afinal, esse custo não varia, independentemente da produção). Sendo assim, quanto maior a produção, maior a possibilidade de o empresário reduzir seu preço final, já que ele custará menos para ser produzido. Neste sentido, os custos fixos e variáveis, também, são usados para uma poderosa ferramenta de gestão e formação do preço de venda, o Markup.

Veja um exemplo simples: uma empresa tem custo fixo 10, sendo que, para a produção de cada produto, é necessário um custo variável 1. Se a empresa produzir apenas 1 produto, seu valor final mínimo, ainda que o lucro seja zero, é de 11. Se a empresa produzir dez unidades, o custo total (custo fixo + custo variável) foi de 20. Se dividido entre as dez unidades produzidas, cada produto terá um custo de 2. Ou seja, poderá ser vendido a, no mínimo, 2. Dessa forma, você poderá utilizar esses conceitos para saber qual o preço de sua mercadoria de acordo com o nível de produção de sua empresa em determinados períodos do ano.

Agora que você já sabe como diferenciar custos fixos e custos variáveis, bem como a importância dessa distinção, que tal aplicar alguns desses conceitos em sua empresa? Utilize esses dados para fazer um planejamento estratégico das suas finanças!

Gostou desse artigo?  Receba uma consultoria especializada do Grupo Ácron sobre finanças para sua empresa. Entre em contato conosco.

Frederico Silva – Consultor Empresarial e Professor de Contabilidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *